Não há suas sem três

Depois de uma semana brilhante com vitórias em Marselha e sobre o Porto, valorizadas pelo esforço acrescido de ter que enfrentar os árbitros desses jogos, regressa agora o campeonato com aquele que será o jogo chave da época: a recepção ao Braga.
Uma vitória colocará o campeonato praticamente à mão, um empate quebrará um élan em crescendo e uma derrota poderá significar um esvaziar de um balão sem tempo para o voltar a encher.
Confiemos na sabedoria popular. Depois de 2 grandes vitórias, venha a terceira. A mais saborosa.

Santana à Santana

De Santana Lopes espera-se sempre tudo. O homem o que gosta mesmo é de se fazer ouvir.
Não interessa se existe coerência no seu discurso, importante é criar factos, ajustando contas antigas pelo meio.
No Congresso de Mafra atacou e defendeu Cavaco,atacou Sócrates e absolveu-o, atacou o partido e vitimizou-se.
Numa fase decadente no protagonismo na política, sem carreira feita como empresário, resta-lhe apenas aproveitar algumas ocasiões para mostrar que ainda anda por cá e que ainda é influente, preferencialmente se puder contribuir para a eliminação de alguém da rota da liderança do PSD.

Estabilizar à esquerda para governar à direita

O PS mantém uma estratégia que sendo velha continua a dar-lhe resultados.
Nas campanhas eleitorais tenta recordar a uma parte do eleitorado que é um partido de esquerda para depois, já instalado no poder,ceder à sua irresistível atracção de agradar aos grandes grupos económicos, sacrificando o eleitorado que o ajudou a lá chegar.
Vai beneficiando das suas políticas gratas à direita, criando no eleitorado a ideia de que se os partidos de direita chegassem ao governo as coisas seriam ainda piores.
Trata-se de uma estratégia ganhadora mas perigosa. Um dia arrisca-se a perder definitivamente o eleitorado de centro esquerda que poderá migrar radicalmente para esquerda.

O anjo Di Maria

À terceira época foi de vez. Jorge Jesus terá feito o milagre de, finalmente, transformar um jogador habilidoso mas inconsequente num temível jogador de alta competição.
Para trás ficaram duas épocas em que o clube saiu prejudicado pelas opções dos treinadores António Camacho e Quique Flores que em detrimento de Dí Maria, promoveram Christian Rodriguez, para ser contratado pelo rival FC Porto, no caso de Camacho, e apostaram num Reyes caro e problemático, no caso de Quique.
A breve prazo poderá o clube ter um bom encaixe financeiro, restando a amarga dúvida sobre o que teria sido a carreira da equipa com uma aposta decidida em Angelito, ficando a recordação de um jogador de enorme potencial que apenas rendeu um ano em pleno.
Uma lição para o futuro.

Chutada no pacote

A Manuela Moura Guedes (MMG) queixou-se de fazer sempre parte do pacote, pois sempre que a TVI foi vendida ela foi afastada dos seus cargos, processo iniciado em 2005 quando Pais do Amaral vendeu a Media Capital à Prisa.
É caso para dizer que quando a TVI é vendida...MMG é chutada no pacote.

A amarga alegria dos sportinguistas

Uma clara vitória, por 3-0, do Sporting perante o FCP deveria constituir um bom motivo de alegria para os seus adeptos, tanto mais que se seguiu a uma óptima jornada europeia em que derrotou o Everton pelo mesmo resultado.
No entanto não sentem grandes motivos para festejar. A época nacional tem sido má e este resultado apenas os faz pensar amarguradamente que a equipa deveria ter feito mais na Liga Sagres.
Talvez mais do que a fraca época, o facto de o rival Benfica ter beneficiado dessa sua estrondosa vitória será talvez a razão para uma amarga alegria.